Tsunami de Emoções

Cansei

Falando sério. Sem mimimi de escorpiano pra cá ou pra lá. Vamos falar de ditadura. Você sabe o que é uma ditadura? Trata-se de um regime imposto, outorgado - e nunca promulgado -, que mitiga os direitos e liberdades individuais e impõe o que a maioria ignorante chama de ordem. Mas isso não é ordem. É cerceamento. Encarceramento. É uma nojeira, enfim. Os tempos são tão loucos, a gente chega a ouvir tanta asneira, que começa a se questionar se o que aprendeu com os livros e na vida é mesmo verdade. As atrocidades terão sido uma ilusão coletiva? Do contrário, por que a grande maioria das pessoas se recusa em desnudar os horrores daquele período? Confesso que me sinto aviltada quando ouço alguém bradar aos ventos que é preciso retomar o controle - e que a única forma para isso é um novo regime militar. Eu, que não sofri na pele, pois nasci quando do início do processo de abertura política, cresci ouvindo histórias acerca dos horrores dos anos de chumbo. Tive um tio perseguido; a louc

Escorpiano é tudo doido, eu acho. Vivemos, como sempre disse, na urgência de um suspiro, no clamor de um desejo e na indecência de pensamentos proibidos. Sofremos e sorvemos tudo intensamente. E essa tal intensidade atrapalha pra caralho. A gente não consegue ser prático, maduro, confiante. É tudo a última chance, o extremo dos dois lados. Escorpiano é obstinado - obstinadamente apaixonado. Às vezes, eternamente.  Meu estômago anda ruim. Náuseas, calafrios e uma pontada que não me deixa engolir nada. Tudo quer explodir boca à fora. Vomitar-se numa catarse que há muito precisa ser resolvida. Foram vinte anos de sonhos, medos, certezas, arrependimentos, procura, procura e procura. E, quando enfim encontrei, meu passado já não era meu.  Aquele tempo, aqueles sorrisos, aquele amor, que um dia me pertenceram, agora tinham nova dona. É uma merda. É uma merda do caralho. Pensar em você com outra garota é como tacar a cabeça na parede, diversas vezes, só pra ver se o sangue que desce

Quero me embriagar Com a tua pele, teu cheiro tão meu Quero tudo, em demasia Quero tua boca macia Teu corpo pesando sobre o meu E a vontade louca de explodir só tua Quero fazer amor sob a lua Te amar nas águas mornas dá praia Descobrir cada cômodo tão nosso E não parar, não cansar. Quero saber teu sabor Arrancar de você o gozo doce Quero os gemidos do teu prazer Arrepiando minha pele inteira Quero te dominar por completo Quero te deixar em êxtase, repleto Quero a pequena morte tão sonhada Quero foder com força, sem amarras Quatro paredes que sejam só nossas Onde o tempo simplesmente não passe E eu possa mergulhar na tua essência Te enlouquecer e, enfim, descansar

Escorpiano é estressado. Faz parte ,  A gente é nervoso. Quer tudo pra ontem, pra agora. Quer viver, sorver, incitar, provocar, acreditar, explodir, desconstruir e, depois, por tudo no lugar. Pessoa perigosa pra se ter por perto. E deliciosa, eu garanto.  O problema é que a gente não se aguenta. As palavras fogem, essas malditas, porque somos boquirrotos. Falastrões, canastrões e fascinantes. Um pouco convencidos, é verdade. Mas é a realidade dos fatos, fazer o quê?! A gente não aguenta o mais ou menos, o talvez, a covardia, o medo. Com o medo tudo perde a graça. A gente gosta de desafiar e de ser desafiado constantemente. Difícil ser assim. E mágico também. Dependendo da gente, tudo vem. E vem, pois é da nossa natureza fazer acontecer - quando a gente quer, é claro. Aliás, quando a gente quer, quer tudo e que esse tudo seja muito, demasiado. Somos intensidade; coquetel molotov; fogo e gasolina - tudo misturado. Uma química que pode ser desastrosa, quem vai saber?!

Puta que o pariu - eu pensei, quando ouvi aquela voz do outro lado da linha. Vinte anos se passaram. Vieram o casamento, o filho, a vida que aconteceu. Mas aquela ligação me levou numa viagem de volta no tempo. Que merda é essa?! Eu pensei. Pensei em tanta coisa que, caso decidisse publicá-las todas aqui, seriam necessárias 1000 postagens. E creio que ainda não seria suficiente. Vinte anos depois o coração disparou, a boca secou, a pele arrepiou e tudo aquilo que eu considerava enterrado, de repente explodiu. Sem avisos, sem recados.  Era uma loucura. Foi uma loucura. Não. Não é certo falar assim. O certo é dizer: É uma loucura. Mas de uma hora para outra eu decidi que loucuras devem ser vividas. Vinte anos de cedências, de uma rotina chata e enfadonha, de parceiros errados e traiçoeiros me ensinaram que a vida é preciso ser vivida em toda sua essência. E você deve estar me perguntando: mas, e o depois, escorpiana?! Foda-se o depois, caro amigo! Te digo isso por ter